Supersimetria
Genericamente a supersimetria (ou simplesmente SUSY) trata as partículas de matéria (fermiões) e as partículas de força e de Higgs (bosões) num quadro unificado. Formalmente, para cada partícula do MP existe um parceiro supersimétrico. A partícula e a sua parceira supersimétrica têm exatamente as mesmas propriedades, exceto o spin, que difere em meia unidade, e a massa, pois como os superparceiros do eletrão e das outras partículas do MP ainda não foram observados, é porque devem ser muito mais pesados.
No presente entendimento, supersimetria é uma peça fundamental na procura da unificação das interações fundamentais. As teorias de grande unificação (GUTs segundo o inglês Grand Unified Theories), que descrevem os leptões e os quarks no mesmo formalismo, parecem precisar de SUSY para unificar as forças eletromagnética, fraca e forte. Esta unificação deve acontecer a uma energia incrivelmente elevada de ~1016 GeV. A supersimetria é necessária na teoria de cordas - transformando-a numa teoria supersimétrica - de forma a poder atingir a superunificação de todas as forças fundamentais na natureza, incluindo a gravidade.
SUSY propõe bons candidatos para a matéria escura observada no universo. A partícula supersimétrica mais leve (LSP do inglês Lightest Supersymmetric Particle) pode ser o neutralino mais leve (neutralinos são combinações dos parceiros supersimétricos do fotão, bosão Z, e bosões de Higgs neutros), ou o gravitino (parceiro supersimétrico do gravitão).